Projeto Musicar realiza encerramento neste sábado

05/12/2011 às 00:00 por Viviane Franco

Para alguns é a primeira vez que sobem num palco, para outros não, mas é unânime o nervosismo e o desejo de se apresentar com perfeição. Esse sentimento tomou conta de crianças e jovens atendidos pelo Projeto Musicar que encerrou suas atividades de 2011 no último sábado, 3, no SESC Turismo.

“Eu fiquei nervosa antes de cantar, mas depois que começo eu me solto e dá tudo certo. É gratificante quanto termina e dá tudo certo”, declarou Tárcia Íris, 14 anos, aluna de canto coral na Divinéia.

Esta é a 5ª edição do projeto e se estendeu de julho a dezembro, atendendo 160 alunos, das comunidades do bairro da Divinéia e do Maiobão que deram o primeiro passo na vida por meio da música. A primeira edição aconteceu em 2006 e tem contribuído para o desenvolvimento das potencialidades artísticas e socioculturais de crianças e adolescentes, por meio de cursos de canto coral, flauta doce, violão e percussão.

A cada encerramento da edição 2011, os alunos mostram o talento musical. Antes, recebem as homenagens daqueles que acreditaram e investiram neles. Como o senhor Almir Araújo pai de Miquéias e Habacuque, que, segundo ele, hoje já têm um futuro garantido depois do projeto.

Na avaliação da Diretora Regional do SESC, Remédios Pereira, a cada ano o projeto devolve a esperança de futuro a jovens e crianças. “É gratificante ver as crianças emocionadas com a responsabilidade e projetando a responsabilidade do sucesso”, disse.

Após as palavras de incentivo e gratidão, os alunos do projeto musicar da Divinéia realizaram o concerto musical, primeiro com instrumentos de corda e depois de percussão. Na apresentação dos alunos de canto coral, um destaque para a música em inglês “We wish a Merry Christmas”.

Fechando com chave de ouro a orquestra “Tocando Choro”, do Maiobão, realizou um concerto musical, regida pelo professor João Soeiro. A orquestra tocou músicas conhecidas como “Não deixa o samba morrer” e uma especial para a idealizadora do projeto Leonildes Carvalho.

“O projeto está caminhando para o profissionalismo, muitos alunos querem estudar música, isso mostra que o trabalho está abrindo fronteiras e servindo de auxílio para socialização para os alunos. Isso me deixa muito feliz”, comentou João Soeiro.

Prova disso é Igor Oliveira, 18 anos, que está no projeto desde o início e hoje já é chamado para tocar em festas. “Eu ainda não decidi se vou seguir a carreira como músico, mas o que aprendi já me dá uma renda extra, pois toco em vários locais”, contou.
 

Texto e Fotos: Lideney Ribeiro