SESC Caxias promove campanha contra Hanseníase

03/01/2012 às 00:00 por Viviane Franco

Pesquisas mostram que nos últimos dez anos no Maranhão, 14,7% dos municípios apresentaram um Coeficiente de Prevalência maior que 20 casos/10.000 habitantes de Hanseníase, o que lhes confere um caráter hiperendêmico, de acordo com o índice da Organização Mundial de Saúde. Com o objetivo de disseminar informação sobre a doença e promover o diagnóstico precoce, o SESC Caxias promove no dia 15, das 8h às 17h30, Campanha contra Hanseníase em lojas comerciais da cidade.

 

A campanha consiste em ações educativas e preventivas sobre hanseníase em parceria com acadêmicos da Faculdade do Estado do Maranhão (FACEM). De acordo com a assistente social do SESC, Rosilane Menezes Pontes, o propósito da campanha é primeiramente educativo, orientando sobre os principais sintomas e a importância do tratamento precoce e contínuo que leva à cura de forma mais rápida e segura.
 
“Essa é uma doença que às vezes demora a ser descoberta e por isso algumas pessoas chegam a ter nervos afetados e podem até ficar com sequela definitiva, por isso é importante o diagnóstico precoce da doença”, disse Rosilane.
 
No Maranhão, entre os municípios com maior número de casos de hanseníase, Caxias está em 5º lugar, atrás de Imperatriz, São Luís, Bacabal e Timon. Por isso é importante que “todos aqueles que possuem alguma característica da doença devem ser examinados”, alerta Rosilane.
 
O exame é simples, feito com líquido retirado da orelha, cotovelos e do local da lesão (se existir). Qualquer pessoa que tiver manchas com perda ou alteração de sensibilidade ao calor, a dor e ao tato, ou então áreas com diminuição de pêlos e de suor no local devem procurar os serviços de saúde mais próximos, pois podem ter a doença.
 
Hanseníase
 
A falta de condições sanitárias adequadas é a principal causa da doença. A transmissão ocorre por meio das vias respiratórias (tosse e espirro) de pessoas infectadas que estão sem tratamento e os sintomas se manifestam no período de dois a 10 anos. Os principais sintomas são: manchas pelo corpo com perda ou alteração de sensibilidade, úlceras de pernas e pés, caroços, febres, edemas, entre outros.

 

 

Os serviços públicos de saúde disponibilizam o tratamento específico da enfermidade, a poliquimioterapia, que utiliza a combinação de três medicamentos. O tratamento precoce e contínuo leva à cura de forma mais rápida e segura. Não existe tratamento preventivo, contudo, a vacina contra a tuberculose ajuda, em parte, a conferir imunidade contra a hanseníase, porque as duas doenças são causadas por micobactérias aparentadas.

 

Texto: Lideney Ribeiro / Foto: Divulgação