A população mundial já chegou à casa dos sete bilhões de pessoas. Apesar do exorbitante número de habitantes, a produção de alimentos não é suficiente para atender a demanda existente e o resultado disso são 800 milhões de pessoas passando fome em todo o mundo. O Brasil está no topo da lista de produtores mundial, mas também é um dos líderes no ranking da subnutrição. Dessa forma, a conscientização e educação dos consumidores é um passo necessário na luta contra o desperdício, trabalho diário realizado há 9 anos no Maranhão pelo Programa Mesa Brasil SESC.
Segundo as últimas pesquisas, calcula-se que o consumo anual de alimentos no mundo é de 375 milhões de toneladas. Entretanto, cerca de 1/3 de toda a produção é desperdiçada, o que corresponde a 1 bilhão e 300 milhões de toneladas de alimentos que tem como destino final o lixo. No Brasil, os números são ainda mais impressionantes. Segundo o Instituto Akatu, enquanto 14 milhões de brasileiros têm dificuldades para se alimentar, 30% de todos os alimentos comprados vão parar no lixo, sendo que nas regiões norte e nordeste a fome alcança os inacreditáveis 50% da população, com destaque para o Maranhão e Piauí.
Combatendo esse quadro contrastante e devastador, o Mesa Brasil SESC tem mudado a realidade de milhares de maranhenses. Ao todo, 70 instituições de São Luís e Caxias são beneficiadas com ações de combate à fome e ao desperdício. Em 2011, o programa arrecadou aproximadamente 357 toneladas de alimentos e complementou cerca de 7.600 refeições.
O Mesa Brasil SESC conta a parceria de supermercados e representantes do setor alimentício. Em São Luís, o programa recebe o apoio das empresas Frango Americano, Supermercado Mateus (BR), F.A.R. da Silva Comércio de Laranja,Comphex, Supermercado Bom Preço (Jaracati, Olho D’água e Centro), Galeteria Cohatrac, Atacadão, Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), Sabor e Aroma, Peixaria Padre Cícero, 24º BC, Predileto Alimentos, CEMP e I. M Distribuidora de Frutas, e em Caxias do Verdurão Fortaleza, Casa Bonfim e Comercial Carvalho (I,II e III).
Texto: Amanda Machado / Imagem: Instituto Ikatu
