Baile da terceira idade mostra que alegria não tem idade

18/02/2012 às 00:00 por Viviane Franco

 

Quem pensa que folia tem idade, se engana! Quem compareceu ao Baile “Cabelo de Prata” realizado na sexta-feira, 17, no SESC Deodoro não teve dúvida: a cada carnaval é possível constatar o quanto esse pessoal é de bem com a vida, divertido e animado.

As perucas prateadas deram o tom do tradicional baile destinado ao público da terceira idade que teve início às 16h na Área de Vivência do SESC. A programação durou até às 20h com animação total. Nada fez essa turma perder o pique, como afirmou Nair de Jesus Mafra de Britto, de 87 anos, que há 19 anos comparece ao evento com filhos, netos e bisnetos. “Enquanto tiver vida e saúde eu venho e venho porque gosto”, garantiu.

Mesmo sozinha, Joana Tavares, de 69 anos, não perde nenhum ano o Baile. “Não faço parte do grupo do SESC, mas gosto muito de todas as programações e sempre participo”, contou.

O baile é mais que um momento de tirar o modelito do guarda-roupa e encontrar os amigos e passar uma tarde agradável e alegre. Para o técnico de Recreação, Júnior Marks, coordenador do Projeto Sua Majestade o Carnaval, o público da terceira idade é um dos mais assíduos nas atividades do SESC e costumam participar de tudo desde a organização. “Eles têm uma energia invejável. Muitos começam a brincar aqui e continuam em outras festas pela cidade”, disse.

A animação ficou por conta da cantora Tereza Canto que não poupou nas letras adaptadas ao ritmo carnavalesco para agradar a um público
exigente. José de Ribamar Carvalhinho, o Professor Carvalhinho, 71 anos, compareceu para prestigiá-la.

O professor que carrega um currículo invejável na área dança, canto, além das disciplinas que lecionou e teve ilustres celebridades maranhenses como alunos, relembra que cantou com Tereza e por isso não poderia deixar de comparecer a um evento promovido pelo SESC. “Sou um frequentador assíduo das atividades do SESC! Faço aulas de dança e todos os anos participo do baile”, completa.

No baile ninguém ficou parado junto ou separado, sozinho ou com o cônjuge ninguém ficou parado. A Área de Vivência ficou tomada de pessoas de todas as idades, incluindo os jovens que vieram acompanhar os pais, avós e é claro, curtir o baile.

A cada baile uma nova história, novas experiências, alegria e muitos motivos para não desistir ou se entregar aos problemas que a própria idade traz, é assim que esses sessentões se divertem, com dinamismo e esbanjando saúde.

 

Texto: Lideney Ribeiro / Fotos: Ariana Araújo