Projeto Musicar: instrumentos em sala de aula

12/05/2012 às 00:00 por Viviane Franco

 Indiscutivelmente,a música é uma das formas de manifestação artística mais influente no desenvolvimento humano, atuando diretamente na imaginação criativa, serenidade, visão global, capacidade de síntese e facilidade de memorização. Cento e dois jovens da Divinéia, com idade entre 08 e 17 anos, estão exercitando suas habilidades musicais em aulas de percussão, flauta doce, violão, canto coral, e cavaquinho ministradas pelo SESC. Unindo teoria e prática, os alunos já começaram a ter contato com seus instrumentos e neste sábado, dia 12, iniciam efetivamente sua viagem no universo musical.

 

Os alunos não escondem a animação e curiosidade diante dos instrumentos musicais. Na turma de percussão, os aprendizes deram início à modalidade educando seus ouvidos, estudaram a estrutura do pandeiro, afinação e batida para o samba e choro. Apesar do grupo de percussão ter a mais jovem classe, o pequeno Mikael Aves, de 7 anos, preferiu integrar a turma de flauta doce.

 

Mas nem todos estão estabelecendo seu primeiro contato com o universo musical. Jhennife dos Santos Silva, de 13 anos, entrou no Musicar em 2011. Ela que canta desde os 6 anos na igreja e teve que abandonar as aulas de canto, porque o professor foi para São Paulo, viu no projeto uma ótima oportunidade de continuar aprimorando seu talento. “As aulas têm me ajudado bastante, estou aprendendo e progredindo”, afirma. O instrutor Pedro Pinto, formado em canto erudito, explica que aprender a cantar não depende somente de talento, mas principalmente de dedicação. “Trabalhando a técnica vocal, ritmo e afinação, qualquer pessoa pode participar de um coral”, afirma.

 

No Maiobão, cem adolescentes e jovens com idade entre 15 e 21 anos são integrantes da Orquestra “Tocando Choro”, fruto dos quatro anos de projeto na área. Na edição 2012 do Musicar, a sua participação no Musicar tem o objetivo de ampliar o repertório do grupo. João Soeiro, músico com extenso currículo profissional e vasta experiência, é o responsável pela Orquestra desde 2007. Ele conta que oprojeto despertou as potencialidades musicais dos jovens. “Com a prática, além do Tocando Choro, eles já estão desenvolvendo grupos musicais independentes”,conta.

 

João Soeiro revela também que está preparando novos alunos para incorporar à Orquestra.Com um corpo musical de 32 participantes, o objetivo é montar um grupo com o limite máximo de participantes: 40 pessoas.

 

Esteano, o projeto Musicar faz alusão às comemorações dos 400 anos de São Luís,dando destaque à música maranhense. Do total de vagas oferecidas pelo SESC, 20 são para a flauta doce, 20 para a percussão, 20 para o violão e 30 para o canto coral e 12 para cavaquinho.