Eureka: Inclusão e Comunicação no SESC

19/06/2012 às 00:00 por Viviane Franco

Com o tema “Respeitando as diferenças e construindo relacionamentos”, as servidoras Lideney Ribeiro e Luana Santos deram início à programação do Eureka 2012 em grande estilo. Alertando para a importância do uso e aprendizado da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) em empresas com funcionários que apresentam deficiência auditiva, a dupla apresentou um breve histórico desse método de comunicação e ensinou o alfabeto e sinais primordiais para um diálogo.

Com cerca de 5.800.000 surdos no Brasil, segundo o IBGE, a necessidade de difusão da LIBRAS nas empresas é cada dia mais latente. E o SESC não fica de fora dessa realidade. No setor de contabilidade o servidor Antônio Lobato perdeu a audição aos 15 anos e, apesar de ser hábil com a leitura labial e ser oralizado, a linguagem de sinais é o seu principal método de expressão. 
Os servidores mostraram bastante interesse pelo tema do Eureka, mantendo-se atento a todo os os detalhes da palestra. Em uma exposição dinâmica, Lideney e Luana aliaram teoria e prática, instruindo e treinando a plateia para cumprimentos como “Bom Dia” e para diálogos simples, utilizando o alfabeto. Um primeiro passo para o aprendizado das letras foi a tarefa individual de expor o próprio nome utilizando LIBRAS. Alguns participantes ainda contaram suas experiências pessoais com portadores de deficiência auditiva, enfatizando os obstáculos sociais e dificuldades de escolarização. 

Para dar continuidade ao processo educacional iniciado no Eureka, os aprendizes receberam uma cartilha reforçando o alfabeto e outros sinais básicos como números, meses do ano, dias da semana e palavras bastante utilizadas no dia-a-dia. 
Antônio, que já trabalhou como intérprete, participou ativamente da atividade, interagindo com as palestrantes e também com alguns ouvintes. Ao final, ele agradeceu a iniciativa e revelou que estava emocionado com o belo trabalho desenvolvido.
 Há dez anos a LIBRAS passou a ser reconhecida como meio legal de comunicação e expressão no Brasil pela lei 10.436, de 24 de abril de 2002. Segundo a legislação, órgãos de administração pública, empresas prestadoras de serviços públicos e as instituições financeiras devem prestar atendimento em LIBRAS para pessoas com deficiência auditiva.