Os movimentos precisos do Grupo Espaço de Dança do Amazonas – GEDAM (AM) abriram o circuito de apresentações do SESC Amazônia das Artes. Utilizando a mímica, a dança com escadas e pitadas de humor, o grupo divertiu a platéia com as histórias do dia-a-dia de trabalhadores civil em espetáculo apresentado no teatro Arthur Azevedo, na última sexta (03).
Inspirado em Charles Chaplin, o GEDAM iniciou uma incursão pela pantomima, vertente teatral que faz um largo uso dos gestos, reduzindo ao máximo a expressão verbal, no espetáculo Pionices.
Utilizando escadas remontáveis como personagem principal, o grupo retratou a jornada diária dos trabalhadores civis, com base em histórias reais. Nas cenas, o trabalho árduo desse ofício, as piadas e cantadas ditas às mulheres que passam em frente à obra, uma história de amor com final feliz e até uma paixão fulminante de um homossexual por um dos funcionários.
No bate-papo com a plateia, o elenco contou sobre a as dificuldades de manejar a escada de forma leve e segura. “O trabalho foi muito difícil. A escada agüenta apenas 150 kg. Com oito bailarinos no corpo de baile, tivemos que calcular detalhadamente a coreografia e adaptarmo-nos ao objeto cênico. Em uma das apresentações, inclusive, a trava da escada abriu e um dos integrantes cortou o braço”, explica.
Em sua sexta geração, Conceição Souza, responsável concepção do texto, está à frente do grupo a 26 anos, lutando para difundir a dança em Manaus. “Não existia dança na nossa cidade. Tive que estudar em São Paulo para conseguir dar início à dança em Manaus”, conta.
Na programação desta terça (07), o SESC Amazônia das Artes resgata as lendas, cantigas de roda e modinha do Piauí, no espetáculo teatral “O Auto da Folia dos Reis”. Apresentado pelo Grupo Corpos Teatro Independente, o evento começa às 15 horas, na Praça Nauro Machado. Nesse mesmo espaço, os ritmos tradicionais das comunidades quilombolas balançam os maranhenses a partir das 20 horas, com o Show Musical “São Batuques”, dos artistas Helder Brandão e Beto Oscar.
