A composição inovadora de uma trupe de palhaços e o teatro de bonecos instigaram a curiosidade dos ludovicenses, que esgotaram os ingressos para “O Menor Espetáculo da Terra”, no último sábado (11), no Alcione Nazareth. Com 14 anos de experiência, é a primeira vez que a Companhia Palhaços Trovadores, originária do Pará, imerge na arte do teatro de bonecos, unindo a dramaturgia e o improviso do palhaço à manipulação dos pequenos- grandes personagens. Sucesso por onde passa, no Maranhão o resultado não foi diferente: o público aplaudiu de pé a apresentação.
Aprimorando a arte de arrancar sorrisos da platéia, os cinco palhaços que compõem o grupo abandonaram os trajes coloridos para dividir os holofotes com os encantadores bonecos. Por meio da performance dos bonecos, os palhaços apresentaram suas habilidades e projetaram os seus sonhos para a plateia.
Entre brincadeiras e trapalhadas, a trupe ensinou ao público de uma forma divertida que os ideais devem ser perseguidos, mesmo quando se sente perdido. “O espetáculo trouxe um outro lado do palhaço, abordando o seus conflitos, dificuldades e a importância de lutar pelos seus sonhos. Fiquei surpresa. Superou minhas expectativas”, afirma a assistente pessoal Geise Brito (24)..jpg)
Em 2009, a Companhia Palhaços Trovadores fez uma oficina de Teatro de Bonecos com Anibal Pacha, referência na arte no estado do Pará. Após o estudo, os integrantes perceberam que entre o palhaço e a marionete existiam muitas semelhanças que poderiam ser trabalhadas em uma única apresentação. Dessa forma, o espetáculo é o retrato do próprio grupo, que realiza uma incursão no mundo dos fantoches no momento em que o co-diretor se ausentou para terminar o seu doutorado.
Após três anos ensaiando em um galpão alugado, em 2010 os integrantes adquiriram um espaço próprio: a Casa dos Palhaços. Visando dividir e multiplicar o trabalho, o objetivo é tornar o centro uma referência da arte do palhaço e do circo na cidade. “Estamos iniciando a realização de oficinas de teatro infantil, técnica circense e oficina de clown. Queremos difundir a nossa linguagem e popularizar o teatro”, explicam.
