Completando 10 dias de apresentações artístico-culturais em seis diferentes linguagens, o Sesc Amazônia das Artes chega a reta final desta edição com espetáculos que arrancaram risos, surpreenderam e emocionaram uma plateia eclética. No último final de semana de shows e espetáculos do projeto, belas produções gratuitas no campo circense, literatura e música: “Se deixar, ela canta” (AP), “Romances d’amores além – mar nos sertões de dentro” (PI), “Sesc Musicar” (MA) e “Música de Beiradão (AM) apresentadas no Laborarte e Casa do Maranhão. A última atração desta edição é a intervenção urbana “Existência”, de Maurício Pokemón (PI), de 29 de maio a 03 de junho no Centro Histórico.
O ambiente aconchegante da Sala Cecílio Sá, no Laborarte, foi o palco dos espetáculos de sexta e sábado do Sesc Amazônia das Artes. No dia 12, a palhaça Perualda e seus companheiros Chimbinha e Molambo animaram o público com a peça inspirada em obras mudas como “O Gordo e o Magro” e “Chaplin”. Com onze anos de atividades culturais no Amapá, a Cia Cangapé idealizou o espetáculo “Se deixar, ela canta!” a partir de uma brincadeira gestual e o cinema mudo, fechando com a trilha de 1933 “C’est un mâle”, de Fréhel para dar mais emoção na história de conspiração contra a carreira de Perualda.
Também arrancando risos e muitos elogios do público, o espetáculo “Romances D’Amores além-mar nos sertões de dentro” fez uma viagem pela literatura brasileira em uma releitura contagiante em versos cantados. Apresentado pelo Grupo Valor de Pi, a produção foi idealizada especialmente para o Sesc Amazônia das Artes, visto que na região Norte, sobretudo no estado da Amazônia, existem muitos nordestinos que migraram para a localidade nas décadas de 80 e 90 estimulados a trabalharem na extração do látex. “A intenção era levar um pouco do Nordeste para os nordestinos que vivem na região amazônica”, explicou Vagner Ribeiro. A apresentação ocorrida na tarde de sábado, dia 13, foi uma parceria com talentosos músicos de orquestras piauienses que resultou em um belíssimo trabalho que marcou a tradição das manifestações populares do Brasil em forma de cordel e interação com o público.
O domingo (14) foi muito especial para as mamães e também para os jovens que integram a orquestra filarmônica de sopros Sesc Musicar. Abrindo o último dia de shows e espetáculos da 10ª edição do Sesc Amazônia das Artes, a orquestra esbanjou talento e conquistou o público com a melodia de músicas como Thriller e o Fantasma da Ópera. Encerrando a noite, toda a mistura de ritmo e animação que contagiou a eclética plateia na Casa do Maranhão da Orquestra de Beiradão (AM). Para Robson Silva, estudante de Rádio e TV da Ufma, que acompanha o projeto Sesc Amazônia das Artes desde a primeira edição, quando veio de Santa Luzia do Tide para São Luís com o intuito de estudar, essa é uma importante iniciativa que resgata a diversidade cultural da nossa região.
Texto: Amanda Machado e Lideney Ribeiro
