Sesc na luta contra as hepatites virais

26/07/2017 às 20:45 por Amanda Machado

Atingindo cerca de 400 milhões de pessoas no planeta, segundo estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), a hepatite pode levar a problemas graves e causar a morte. O Dia Mundial da Luta contra as Hepatites Virais, comemorado em 28 de julho, é um alerta sobre os riscos dessa doença e em São Luís o Sesc realiza um circuito educativo-preventivo em apoio a causa nesta quinta-feira, dia 27 de julho, no Terminal da Praia Grande, das 9 às 17 horas. Até meio-dia, a equipe também estará aplicando vacina contra Hepatite B para pessoas com até 49 anos.

O Dia Mundial da Luta contra as hepatites virais foi criado para informar sobre a doença e aumentar o acesso aos testes e tratamento da hepatite, inflamação no fígado que pode ser causada pelos vírus A, B, C, D e E. Segundo o Ministério da Saúde, milhões de brasileiros são portadores do vírus B e C, mas não têm conhecimento da sua condição. Além do risco que correm se a doença evoluir e causar danos irreversíveis ao fígado, como cirrose e câncer, os infectados também podem transmitir o vírus para outras pessoas.

Por esse motivo, a informação combinada à prevenção é a melhor estratégia no enfrentamento à doença. No circuito do Sesc os ludovicenses poderão participar de rodas de conversas sobre as hepatites virais, diagnóstico, prevenção e testar seus conhecimentos por meio de questionário sobre os sintomas.

Hepatites virais

A hepatite é a inflamação do fígado. Pode ser causada por doenças autoimunes, metabólicas e genéticas ou pelo uso de remédios, álcool e outras drogas, mas os tipos mais comuns são causados pelos vírus A, B, C, D e E.

O Ministério da Saúde orienta que as pessoas observem se já se expuseram a situações que apresentam risco de contágio, e, assim, saber se há a necessidade de fazer exames. Viver em situações precárias de saneamento básico, água e higiene pessoal e de alimentos leva ao risco do contágio fecal-oral, que transmite as hepatites A e E. Esses tipos têm cura.

Praticar sexo sem proteção, compartilhar seringas, agulhas, lâminas de barbear, alicates de unha e outros objetos que furam ou cortam pode causar contaminação pelos vírus B,C e D, transmitidos pelo sangue. Esses tipos também podem passar da mãe para o filho durante a gravidez, o parto e a amamentação.

As hepatites B, C e D podem apresentar tanto formas agudas quanto crônicas de infecção quando a doença persiste no organismo por mais de seis meses. O Ministério da Saúde informa que, no caso das hepatites B e C, é preciso um intervalo de 60 dias para que os anticorpos sejam detectados no exame de sangue.

Diagnóstico


No Brasil, enquanto a hepatite B é mais frequente na faixa etária de 20 a 49 anos, a hepatite C acomete mais pessoas entre 30 e 59 anos. A maioria dessas pessoas desconhece sua condição sorológica.

Realizar o diagnóstico precoce das hepatites é um dos principais determinantes para evitar a transmissão ou a progressão dessas doenças e suas graves consequências. Os testes para as hepatites estão disponíveis em toda a rede do Sistema Único de Saúde (SUS).